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OBRAS | IGREJA DA MISERICÓRDIA

“Em 1630, por ocasião da invasão holandesa, encontrava-se o Hospital da misericórdia em plena atividade, estando localizada no extremo sul da Rua Nova, primeira rua da vila de Olinda. [...]

[...] Em novembro de 1631 foi, o Hospital da Misericórdia e sua respectiva igreja, incendiada pelos invasores que deixaram o seu edifício em ruínas. Os irmãos da Misericórdia retiraram-se para o Arraial do Bom Jesus e lá permaneceram com seu hospital de campanha até 06 de junho de 1635. Durante os anos da Insurreição Pernambucana, os Irmãos da Misericórdia instalaram seu hospital em terras do Engenho São João da Várzea, pertencentes a João Fernandes Vieira [...], só voltando a Olinda após a expulsão dos holandeses, em 1654. [...]

[...] Reconstruída no mesmo local da antiga, a igreja tem sua frente voltada para o leste, no mesmo local da primitiva, porém de dimensões menores. [...]

[...] A reconstrução teve início em 1655, prolongando-se por muitos anos. Sua fachada externa parece não ser obra do Séc. XVII, o mesmo acontecendo com seus ornamentos em talha dourada que refletem estilos de épocas diferentes. As datas que se encontram em diversos pontos atestam a progressão dos trabalhos de construção: 1707, no consistório leste; 1710, no oitão do edifício contíguo à igreja; 1736, sobre o portão que dá acesso ao pátio anterior às enfermarias do hospital; 1771, sobre o arco-mor da igreja, no centro de um belo frontão de talha. Uma representação da Câmara de Olinda dirigida ao rei, que vem anexa à provisão de 12 de outubro de 1724, informando que Misericórdia de Olinda fora reedificada, com cabedal dos moradores principais da capitania e cujas obras estariam conclusas. [...]

[...] Segundo Germain Bazin, a atual igreja é, em sua maior parte, obra da reforma do século XVII, apesar das sucessivas intervenções posteriores, como demonstra a decoração de faiscado, na aduela do arco-cruzeiro, lá onde caíra um fragmento do século XVII. A atual decoração de talha do arco-cruzeiro traz na tarja central a data de 1771. Mas esta tarja foi acrescentada, pois a talha é nitidamente do estilo D. João V, assim como a do teto e do admirável púlpito. As talhas das duas portas da capela-mor também pertencem ao estilo D. João V. No arco cruzeiro, encontram-se dois bustos simbolizando a Fé e a Esperança. Esta data de 1771 corresponde muito bem ao estilo do altar-mor pintado em tons de mármore devendo indicar a reforma deste altar. [...]

[...] No início do século XIX, as sucessivas más administrações haviam levado o velho hospital à decadência. Finalmente, em 1860, a Santa Casa de Misericórdia de Olinda, fundada pelos pioneiros portugueses três séculos antes, foi extinta em cumprimento à Lei Provincial de 13 de outubro de 1831, passando seus bens ao patrimônio da Santa Casa do Recife. Durante os anos de 1864 e 1883, o prédio do velho hospital abrigou asilos de alienados. Entregue à administração da confraria de São Vicente de Paulo, passou o prédio a servir como albergue. Esta confraria era também responsável pela conservação da secular igreja, até que em 1896, igreja e hospital foram cedidos aos beneditinos do Mosteiro de Olinda que ali fundaram um colégio de artes e ofício para órfãos. Hospital e igreja permaneceriam como propriedade da Santa Casa a qual pagavam os monges uma pequena quantia a título de aluguel. [...]”

Histórico extraído do livro PERNAMBUCO PRESERVADO - Histórico dos Bens Tombados no Estado de Pernambuco - Leonardo Dantas Silva - Recife, Novembro de 2002. Histórico de 76 monumentos tombados pelo IPHAN no Estado de Pernambuco. Produzido pela Cia. Energética de Pernambuco - CELPE, por meio do Sistema de Incentivo à Cultura de Pernambuco.

A empresa elaborou, durante o ano de 2007 o diagnóstico dos danos, patologias e a proposta de conservação da Igreja da Misericórdia, situada no Alto da Misericórdia, Sítio Histórico, Olinda – PE.

As Obras de Conservação ficaram contidas nas ações de reparo das coberturas da igreja, sacristia e consistórios, estrutura e assoalho do coro, desinfestação dos altares, instalações elétricas, luminotecnia e pintura dos ambientes afetados.

Os trabalhos, patrocinados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, através da Lei Rouanet, tiveram anotação de Responsabilidade Técnica - ART, registrada no Conselho Regional de Engenharia Arquitetura e Agronomia de Pernambuco – CREA-PE, sob o No. 245614 de 20/10/2008, sendo desenvolvidos no período de 2008 a 2009 e de 2011 a 2012.